Eu preparei meu coração como se fosse uma sala. Coloquei um papel de parede bonito, escolhi a mobília com muito cuidado, abri as janelas, providenciei um lustre de cristal repleto de expectativas. Eu não era feliz, mas não sentia dor - apenas aquele sentimento de indiferença típico de quem nunca experimentou a felicidade. Aquele sentimento vazio que preenche os espaços vazios com mais vazio. Estava apostando todas as minhas fichas no futuro.
Eu menti para mim mesma, fiz as escolhas erradas e os resultados de tanta imprudência não demoraram para aparecer. Meu mundo perdeu a cor. O céu fechou, uma tempestade estava á caminho. O ar ficou pesado, difícil de respirar. A escuridão, então, tomou conta. Eu estava perdida. E como é ruim o sentimento de perda. Uma agonia que entra no coração como um furacão.
E ela entrou, arrancou o papel de parede, destruiu a mobília, sujou o tapete. Desgraçada, assassina, matou todas as minhas esperanças, estrangulou toda e qualquer vontade de viver. O sentimento de indiferença foi substituído - e foi aí que eu percebi o quanto a indiferença faz a diferença. Eu não sabia como era a felicidade, mas experimentei a tristeza pela primeira vez.
Mas, em algum lugar da escuridão - em meio a tragédia do meu ser - alguém chamou meu nome. Uma luz iluminou tudo, mostrou o caminho. Encontrei algo para acreditar, uma chave para me libertar das algemas que eu mesma criei. Fugi dos meus medos. Ah, não há nada melhor do que a plenitude.
Não há nada comparável com o sentimento pleno de felicidade. O céu voltou a ficar azul, a temperatura tornou-se agradável, os pássaros pareciam entoar uma canção especialmente para mim. Os olhares não me julgavam mais - nem mesmo aquele que eu lançava para meu reflexo no espelho. A televisão continua transmitindo notícias ruins, o mundo lá fora continua injusto. Mas aqui dentro, em meio ao papel de parede que foi arrancado, o ar está leve. A luz entra pelas janelas, os destroços são apenas lembranças. Aqui dentro, meu amor, eu estou em paz. E, apesar de tanta bagunça, eu sei que me encontrei.
Eu menti para mim mesma, fiz as escolhas erradas e os resultados de tanta imprudência não demoraram para aparecer. Meu mundo perdeu a cor. O céu fechou, uma tempestade estava á caminho. O ar ficou pesado, difícil de respirar. A escuridão, então, tomou conta. Eu estava perdida. E como é ruim o sentimento de perda. Uma agonia que entra no coração como um furacão.
E ela entrou, arrancou o papel de parede, destruiu a mobília, sujou o tapete. Desgraçada, assassina, matou todas as minhas esperanças, estrangulou toda e qualquer vontade de viver. O sentimento de indiferença foi substituído - e foi aí que eu percebi o quanto a indiferença faz a diferença. Eu não sabia como era a felicidade, mas experimentei a tristeza pela primeira vez.
Mas, em algum lugar da escuridão - em meio a tragédia do meu ser - alguém chamou meu nome. Uma luz iluminou tudo, mostrou o caminho. Encontrei algo para acreditar, uma chave para me libertar das algemas que eu mesma criei. Fugi dos meus medos. Ah, não há nada melhor do que a plenitude.
Não há nada comparável com o sentimento pleno de felicidade. O céu voltou a ficar azul, a temperatura tornou-se agradável, os pássaros pareciam entoar uma canção especialmente para mim. Os olhares não me julgavam mais - nem mesmo aquele que eu lançava para meu reflexo no espelho. A televisão continua transmitindo notícias ruins, o mundo lá fora continua injusto. Mas aqui dentro, em meio ao papel de parede que foi arrancado, o ar está leve. A luz entra pelas janelas, os destroços são apenas lembranças. Aqui dentro, meu amor, eu estou em paz. E, apesar de tanta bagunça, eu sei que me encontrei.
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